sábado, 30 de janeiro de 2010

Invasões ou evasões, tanto faz!

Todos nós sentimos a crise, uns mais que outros, mas no fundo toca a todos.

Falamos, discutimos ou debatemos os problemas que nos assolam, isto sem darmos conta e fazemo-lo diariamente, mesmo os menos preparados acabam por o fazer, e claro de seguida escondemos a cabeça e tentamos a todo o custo manter as aparências, pelo menos as “aparências” afirmo eu.

Quando falo de aparências é mesmo nisto que estou a pensar, nós Portugueses vivemos nesta altura destas aparências, por muito que esta afirmação vá irritar algumas pessoas, nós somos dependentes de tudo!

Quer queiram quer não, não passamos de uma farsa, não produzimos o suficiente para nos alimentarmos, somos dependentes de energia do exterior, como querem afinal que este País tenha um futuro digno.

Somos de tal maneira dependentes e instáveis que, se uma qualquer multinacional com produção no nosso País abanar logo a zona é um autêntico palco de guerra, e claro as finanças do governo sentem de tal maneira a pancada que, andam uns tempos zonzos.

Temos no fundo a mania que pertencemos ao primeiro mundo, mas as nossas finanças são dignas apenas do terceiro.

Neste País vinte por cento da população activa é funcionária pública, logo não contribui para as finanças do estado, trinta por cento aufere o salário mínimo, ou pouco mais que este, logo a sua contribuição para o estado é muito reduzida, uns vinte por cento são reformados ou crianças e estou a ser benevolente para não dizer simpático, restam trinta por cento para pagar as contas.

Já sei vocês estão para ai a pensar e as empresas não pagam impostos? Sim pagam as pequenas ou as chamadas micro empresas, as restantes quando alguém lhes fala em pagar logo se apressam a abandonar o barco é sempre a crise, e como é fácil a estes senhores sacudirem a água do capote, pagar é que nunca.

Todos sabemos que uma multinacional quando se implanta num país como o nosso tem como objectivo o lucro, e este afigura-se fácil pelo menos no princípio.

É fácil de ver, quando se fala ou há rumores de que uma qualquer multinacional pretende instalar-se em Portugal, logo se abre uma autêntica batalha, entre quase todos os municípios lusitanos, na procura de conseguir que a escolha recaia sobre si, fica desde logo claro que as ditas empresas só precisam de pressionar, muitas vezes até ao limite do razoável. Depois é só explorar as brechas abertas, ou seja espremer o limão até ao limite, chupar a teta enquanto esta tiver algum leite, se possível até à última gota.

Os terrenos para as instalações são fornecidos pelas autarquias, bem como parte do investimento na estrutura, depois são os descontos na energia, água, saneamentos…depois de uns anos a encher o bandulho lá vem o prato para as contribuições, bem aí começam os problemas, e os empresários começam logo a pensar em deslocar-se para onde a vaca ainda se encontre bem rechonchuda, nem tudo é mau dizem alguns na sua ignorância, sempre ficam as instalações, e a maquinaria, pois é mas, a maquinaria está agora envelhecida e ultrapassada, ou seja não vale coisa alguma, as instalações é verdade que ficam mas os ditos empresários nada ou quase nada pagaram por elas, logo não ficam a perder e sabem de antemão que para qualquer país que queiram deslocar-se terão à sua espera novas instalações, e de novo as mesmas benesses nos impostos, uma maravilha digo eu.

O pessoal que fica desempregado nada significa para esta gente sem escrúpulos, a segurança social que se amanhe, como disse atrás o que está em causa são os lucros. De nada valem os protestos de sindicatos ou governos, se pelo menos houvesse retaliações a nível de importações dos produtos destas marcas, mas nem isso este país é capaz de fazer.

Ficam os monos para a história, ficam os trabalhadores, com formações obsoletas, sem nenhuma possibilidade de aplicação no mercado de trabalho, ou seja depois da bonança aparece sempre a fome, e claro é o caos, principalmente quando estas situações se passam em zonas do interior do País, os habitantes têm forçosamente de fugir para o litoral, é nestas alturas que se nota mais a desertificação.

As ditas empresas voltam-se agora para o leste Europeu ou então para a China e Índia para chularem mais uns pobres e incautos coitados, para uns é a lei da vida para outros é o...

“caminho do abismo”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Milagres, pois!

Andava eu tão distraído e confiante de há uns tempos a esta parte, isto porque por arte mágica deixei de ouvir falar de corrupção nos exames de condução!

Bem pensei eu estes tipos foram descobertos e aprenderam a lição, demorou muitos anos mas valeu a pena, otário sim otário e logo eu que não tenho o hábito de confiar nestes tipos.

Estes dias pós uma conversa com um familiar próximo, comecei a dar conta que afinal está história não teve afinal um final feliz, antes pelo contrário, ficamos bem pior esta treta está um caos. Reparem antes os formandos davam vinte e cinco trinta lições de condução e pediam o exame, este era então marcado e quando se aproximava o dia o instrutor ou outro elemento ligado á escola de condução pedia (exigia) uma pipa de massa ao instruendo para que o engenheiro facilitasse o exame, quem não alinha-se nesta marosca chumbava, garantido eu falo por experiencia própria, não falo de cor, e vocês sabem-no muito bem é ou não verdade!

Bom como aqui há uns três/quatro anos a esta parte, ouve por ai umas polémicas o Zé-povinho deixou de ouvir falar nestes roubos de igreja, eu na minha santa ignorância pensei bem afinal estes tipos ganharam vergonha e juízo, afinal somos todos nós que estamos em causa.

Estes dias como disse atrás cheguei a uma conclusão, bem diferente do que eu imaginava, tão enganado que eu estava afinal, “parvo” só posso chegar a esta conclusão.

Vejamos afinal o que conclui, as escolas de condução vendem aos instruendos trinta lições, ao fim de cinco/dez no máximo induzem o instruendo a pedir exame, este naturalmente não se sente preparado mas, a ânsia de ter carta de condução leva-o a aceitar a proposta, os senhores das escolas garantem sucesso no exame.

Agora reparem onde se encontra a marosca, a escola cobra-se de trinta lições e só tem que ter gastos em metade, ou seja as outras quinze servem de lucro e para comprar o engenheiro, isto sem que o instruendo tenha que despender de algum valor acrescido.

Tudo estaria correcto se os novos condutores soubessem realmente conduzir mas…

Conclusão: Nem os novos automobilistas sabem realmente conduzir como deviam, pois não têm preparação suficiente, nem os engenheiros, instrutores e gerentes de escolas de condução deixaram na realidade de ser corruptos.

“Até eu tinha sido levado na esparrela” filhos da p. é por estas e por outras que continuamos no “caminho do abismo.”