Afinal onde é a paragem?
É esta a pergunta que alguns de nós poderíamos fazer, sim
porque com esta velocidade de cruzeiro a caminho do abismo pouco tempo nos
resta.
Os nossos lideres mandam-nos sair, procurar soluções fora
das outrora nossas fronteiras e o povo está a aderir em força, uns já
convencidos, outros sem alternativas.
“Se recuarmos meio século no tempo, damos conta que no tempo
em vigorava o estado novo o líder reprimia para que não saíssem ativos válidos,
gente com muito pouca formação, o ditador sabia que os que saiam eram os braços
mais fortes, pouco cultos mas fortes, e que só iam atrasar o nosso
desenvolvimento, enquanto dinamizavam outros países.”
Hoje o nosso candidato a ditador resolve o problema de forma
diferente empurra porta fora uma geração culta, mesmo ciente que esta não fica
com apego algum a esta terra, portanto consciente que esta gente que sai jamais
voltará.
Que quer então o nosso querido líder?
Gente pobre, gente sem capacidade para reagir, gente que
mais uns anos vai deambular pelos centros urbanos mendigando comida e agasalho.
A questão é simples,
sem mão-de-obra, sem operários que mantenham em funcionamento a agricultura e a
indústria, não há contribuições para a segurança social, esta tem os dias
contados, é falência garantida, sem esta o povo não resiste, este povo que desconta
religiosamente durante a vida do pouco ordenado que usufruiu não consegue um pé-de-meia
que lhe garanta uma velhice calma e confortável…
Resta a este país esperar, esperar que os grandes tomem
conta da coutada, sim coutada é o que querem os “Srs.” É numa quinta de festas
que este território será transformado, pouco adianta ao povo protestar, de nada
serve aos professores tentarem manter os seus postos de trabalho, não vai haver
crianças, “aliás a queda na natalidade não é uma ameaça é uma realidade.”
De nada serve aos polícias invadir parlamentos, não vai
haver pessoas para proteger, eles os figurões não se matam uns aos outros, não
caem nessa aniquilam quem lhes faz frente, nós povo somos a ameaça, por isso à
que liquidar quem pode um dia fazer frente.
(Se nós “povo” continuarmos a levar o nosso dinheiro aos
grandes hipermercados, lojas sem pessoas nas caixas, se continuar-mos a pagar
sem protesto nas portagens sem portageiros, se concordarmos sem reagir que os
banqueiros nos controlem, exigindo inclusive que paguemos uma cota por cada transação
inclusive quando levantar-mos uma pequena quantia no multibanco, se
continuarmos a esquecermo-nos do pequeno comercio que realmente emprega pessoas
com ordenados razoáveis… só estamos a contribuir para que os ricos estejam cada
vez mais ricos, e nós povo estamos cada vez mais dependentes de esmolas.)
Quanto tempo nos resta?
Por este andar, estamos no “caminho do abismo”